domingo, 10 de janeiro de 2010

Comentando Sherlock Holmes



Ontem consegui finalmente assistir Sherlock Holmes. Eu sou fã do detetive desde a minha adolescência, então é obrigatório para mim assistir ou ler qualquer material que façam com ele. Como de Holmes é possível fazer quase tudo que se queira, é muito raro eu não gostar totalmente de algum material, já que ele sempre vai se remeter em maior ou menor grau ao cânone. Só não gosto quando colocam Holmes fazendo coisas que ele não faria. É o caso de A Agulha Oca, aventura de Arsene Lupin, quando Maurice Leblanc coloca Holmes (*ou Sholmes*) atirando em uma mulher. Isso ele não faria jamais.

Mas o filme é mais na linha O Xangô de Baker Street, mas melhor, claro, muito melhor! Eu tenho sérias restrições ao Xangô, mas não vou negar que me fez rir em muitos momentos. Não foi para isso que eu peguei o livro? É o mesmo caso do filme que está nos cinemas. Ri mais do que torci o nariz, aliás, ri bastante, me envolvi com as personagens e é isso que um filme pipoca precisa fazer. E um bom sinal para mim é que eu iria assistir de novo no cinema, se conseguisse ver legendado por um preço mais acessível. Desembolsei 18 reais no Cinemark ontem e isso, para mim, não é preço aceitável de cinema. Mas valeu. O filme era legal e reencontrar um amigo é sempre ótimo.

O Sherlock Holmes de Robert Downey Jr. é mais o ator do que o detetive, isso para quem leu todos os casos como eu deve ser óbvio, e, ainda assim, está muito longe de ser ruim. Na verdade, não me envergonho de dizer que é um bom filme, uma boa comédia, talvez com pancadaria demais para Holmes e Watson, mas é divertido e se levar uma nova geração a ler Conan Doyle cumpriu e muito bem a sua função. Mais do que tudo, ao assistir tive a impressão de ser um filme feito para o meu pai. Sabia exatamente onde ele iria rir, do que iria gostar, e já prometi para ele comprar o DVD e trazer para o Rio. Quero assistir Sherlock Holmes com ele como assisti A Última Legião, sem compromisso e dando muita risada.

Vou pontuar duas ou três de que não gostei, a pancadaria eu já citei, mas ao mostrar como a mente de Holmes funciona, roteiristas e diretor ofereceram algo em troca. Gostei da barganha, enfim. Holmes era meio desmazelado, na verdade era excêntrico, e caia em depressão quando não tinha algo que estimulasse sua mente. O Holmes do filme é de uma desorganização absurda demais. Poderiam ter dosado melhor. O vício em cocaína foi suprimido e colocaram bebida alcoólica; Holmes não era alcoólatra. Disso não gostei MESMO. Foi hipocrisia ou sei lá o quê, e colocarem um Holmes bêbado em alguns momentos e brigando por dinheiro não foi interessante.

Acho que escalaram mal Mary Morstan, a possível primeira esposa de Watson (*alguns teorizam que ele se casou duas vezes, se alguém quiser saber, explico em comentário*), a atriz não parecia em nada com a personagem. E mais, ela conheceu Watson graças a um caso de Holmes – O Signo dos Quatro. Colocá-la como uma desconhecida, foi perder a piada, já que Holmes no filme estava tão empenhado em melar o casamento, ele poderia inclusive dizer que se arrependia de ter impedido que ela morresse ou involuntariamente ter apresentado os dois. E iria dar em boa piada, que não seria forçada. Faltou o Mycroft, irmão mais velho de Holmes e citado por ele em um momento do filme, mas teremos filme dois, então é preciso guardar alguma coisa.

As coisas boas são muitas. Irene Adler poderia ser um problema, mas enriqueceu o filme. Aliás, ela é outra personagem com a qual é possível fazer quase tudo e colocá-la como companheira de ação, agente contratada ou algo do gênero, foi ótimo. E eu já vi uns usos muito absurdos de Irene Adler, então não posso reclamar do filme. Poderia até ter rolado pelo menos um beijo entre os dois. Cabia e eu não iria reclamar. A interação de Rachel McAdams com o Downey Jr. foi muito boa. Jude Law estava bem legal como Watson, acho que até mais parecido, fisicamente pelo menos, com o que Conan Doyle compôs do que os muitos Watsons do cinema. E ficou bem bonito com aquele bigode. O diálogo briga de casal dele com Holmes na cadeia foi im-pa-gá-vel. Assim como as caras do Downey Jr. e do Jude Law quando, em uma das grandes seqüências de ação (*e destruição*) do filme, Holmes vira para ele e pergunta “Watson, o que você fez?!”. Faltou um pouco mais de “Elementar, meu caro Watson.”, mas de resto estava OK.

Mark Strong, meu Mr. Knightley favorito, esta muito bem como vilão, impressionou e passou o ar megalomaníaco – o filme era bem farsesco – do cara que quer “dominar o mundo” meio ao estilo Pinky e Cerébro. E Mark Strong está envelhecendo bem, por assim dizer, continua bonitão e os olhos ainda são a sua característica mais expressiva. Gostei de como Holmes desmonta a trama, seria muito frustrante se algo de esotérico-mágico existisse. Dito isso, a resolução foi holmesiana, assim como a frieza de Holmes diante do fim trágico do vilão. Quem leu os casos sabe que quem tenta matar Watson, único amigo que o herói tem (*Ele diz que só tem um amigo se não me engano em "As Cinco Sementes de Laranja"*), vai sofrer as conseqüências, e se de quebra tenta matar a mulher que ele ama, não tem perdão.

Antes que alguém ache que estou de bobagem, pegue o caso “O Pé do Diabo”. Nele Holmes deixa o criminoso escapar sob o argumento de que se alguém tentasse matar a mulher que ele amasse (*E ele assegura para Watson que nunca amou nenhuma mulher.”), ele faria pior do que matar o sujeito. E não é o único assassino que ele deixa livre, porque vingou a mulher amada. Bem, o vilão tentou matar Watson e Irene Adler, logo...

Algumas omissões, Tobby era o cachorro que Holmes usava nas investigações, e livros que usam Holmes normalmente usam o Tobby, ou eu estou esquecida ou nunca tiveram cão de estimação. Havia também os meninos de rua que Holmes arregimentava de tempos em tempos. E o policial inteligente poderia ser um dos inspetores que realmente existem nos casos. Acho que ele não tinha nome no filme, poderiam usar o do detetive de verdade, já que lembro bem, se não me engano no caso “A Vila Glicínia”, que ele tinha sido policial antes de ser detetive... o nome do cara, não me recordo, já que estou citando tudo de memória. Meus Holmes estão em casa em Brasília. Obviamente, não é o meu Sherlock Holmes, mas eu não sou a roteirista, daí, não são as minhas idéias, nem posso exigir isso.

Enfim, se você desligar 1/3 do cérebro e não se importar com um bom filme pipoca, vai gostar de Sherlock Holmes. É um filme para divertir usando Holmes, Watson e quase tudo o que Conan Doyle pode oferecer, como foi O Enigma da Pirâmide. Perfeito? Longe disso! Mas não ofende a inteligência de ninguém. Traz uma mulher forte, Irene Adler, e um elenco afinado. O filme dois deve estar sendo planejado, porque Moriarty, o arquiinimigo do herói, já está no filme, embora não mostre a cara. Eu quero Robert Downey Jr. e Jude Law como Holmes e Watson outra vez. Quero também Rachel McAdams como Irene Adler. Afinal, qual é o segredo terrível que ela guarda? E seria bom colocarem outras personagens holmesianas.

Só para terminar, se quiserem ler um bom livro, que virou filme de qualidade inferior, usando Holmes, tentem Uma solução sete por cento de Nicholas Meyer. Nele Freud cura Holmes do vício em cocaína e de quebra o detetive resolve um crime que poderia antecipar a I Guerra Mundial. Se quiserem fugir de um livro ruim usando Holmes, evitem Sherlock Holmes & Einstein no caso dos cientistas assassinados de Alexis Lecaye, é um dos poucos produtos com Holmes que eu acho fraco e muito mal construído, entupida de personagens históricas sem função, com uma péssima Irene Adler pintada como caricatura de feminista radical. Se quiserem um Holmes juvenil, com suas limitações, claro, tentem O Enigma da Pirâmide. Foi lançado em DVD, já o livro é mais difícil de encontrar, acho eu. Ah, antes que eu me esqueça! Respondi uma pesquisa da Warner sobre o filme quando estava no cinema. Foi a primeira vez e devo dizer que era um negócio muito bem bolado.
P.S.1: Esqueci de falar (*alguém colocou nos comentários*) que a trilha sonora é ótima e merece ser ouvida. E os desenhos de produção que aparecem nos créditos são muito bons. Eu não me importaria nem um pouco de ter o artbook - caso saia - em casa.
P.S.2: O Submarino está com a edição definitiva comentada das histórias de Sherlock Holmes em promoção. Me dei de presente os volumes 4 & 5. Tem link no blog. É bom para vocês e pode ser bom para mim.

17 pessoas comentaram:

Preciso comentar que a trilha sonora do filme foi a primeira coisa que me chamou a atenção. Gostei muito.

Valéria, não sei se vc o faz, mas continue prestando atenção em Rachel McAdams, ela é uma atriz super promissora e qto ao filme, talvez eu veja, é bom ver o Guy Ritchie voltando a boa forma.

O filme realmente nos mostra um Holmes diferente e, ao mesmo tempo, aceitável aos fãs dos livros.

A trilha sonora, regada a muito violino, me deixou extasiada. Mal posso esperar para tê-la em mãos.

Também não gostei de trocarem cocaína por álcool. E acho que o buldogue deve ser referência a um que Watson diz ter em Um Estudo em Vermelho.

No twitter eu havia dito que achei a Irene mais ou menos, deve ser porque não conheço a personagem ainda - comecei a ler os contos há pouco tempo. Mas não posso negar a força que a personagem tem, e ver isso nas telonas é ótimo.

Acho que o excesso de desorganização do Holmes veio para dar um ar cômico, eu mesma ri muito ao ver o detetive tropeçando nas coisas do próprio quarto. E o uso do disfarce de vagabundo foi uma ótima referência.

Adorei a cena 'briga de casal' e, por incrível que pareça, gostei das lutas também. Não sei explicar, acho que a destruição que causam é muito divertida.

Achei um charme o Jude Law de bigode, bem como gostei do detalhe de vê-lo fazer um Watson mancando sob a chuva.

O vilão era bonitão e megalomaníaco, gamei na hora. E concordo: o desfecho da trama sem apelar para o esotérico não poderia ser melhor, bem ao estilo holmesiano.

Enfim, há alguns dias eu nunca tinha lido nada de Holmes antes. Agora, li alguns contos, vi o filme e estou bastante empolgada em ler mais e assistir ao 2º filme - que promete ter o profº Moriarty, o que é ótimo. =]

Kotsuki-chan, Irene Adler só aparece em um caso que é Um Escândalo na Boêmia. O olé que ela dá no Holmes é impagável, e o final, com o rei (*que tinha pago o Holmes para recuperar uma foto indiscreta dela com Irene*) dizendo algo como (*estou citando de memória*) "Ela é uma mulher fantástica, pena que estivesse em um nível diferente do meu" e aí o Holmes responde "Sim, ela estava em um nível muito diferente do seu". Eu amo este conto.

Enfim, eu detesto cenas de luta em que a câmera parece ter mal de parkinson. Entre Cruzadas e Alexandre, fico com o segundo. Essa câmera nervosa me irrita.

Olha, li Um Estudo em Vermelho uma vez só, séculos atrás. Acho o Doyle muito competente nos contos, mas fraco nos romances longos. Enfim, se Watson tinha um cachorro ele só apareceu neste livro mesmo. Depois, o cão que Holmes sempre pega emprestado é o Tobby.

Mark Strong e Jude Law estavam gatíssimos. A roupa do jantar é que eu não entendi... Mas Holmes hiper-desorganizado... Enfim, o exagero fez perder um pouco a graça.

Quanto ao vagabundo, é uma referência ao disfarce que ele usa para enganar Irene em O Escândalo, acho eu. Se bem que ele é especialista em disfarces.

O conto em que Holmes diz para Watson parar de bobagem, porque ele só tem um amigo é "As Cinco Sementes de Laranja", acho eu. Holmes não consegue impedir o crime, mas faz os criminosos matarem-se uns aos outros.

Vamos esperar o segundo filme. E continuo dizendo que não gostei da Caroline Bingley de Mary Morstan. Ela tem cara de malvada e ardilosa. Mary era um doce. :)

Vc citou os desenhos de produção, lembrei que tinha passado por esse link, vale a pena dar uma olhada: http://www.linesandcolors.com/2009/12/27/john-watkiss-concept-art-for-sherlock-holmes/
achei bem bacana a forma como eles usaram os desenhos para apresentar o projeto.

Tive a mesma impressão, o filme é legal e divertido mas longe de ser uma obra-prima. Por acaso nunca li nada do Sherlock Holmes. A briguinha de casal que ele e o Watson tiveram me fez pensar que se eles fossem uns 15 anos mais moços daria muito pano pra manga para as fangirls xD.

Uma curiosidade relevante é o pôster. Ainda não cosnegui descobrir quem é o responsável, mas tem toda a cara do Dave MacKean. Esse pôster me lembra demais as primeiras edições de Sandman na saga Prelúdios e Noturnos aonde sempre apareciam umas estantes muito parecidas com essa daí da capa.

Kadu, e você acha que não vai dar o que falar? Já estava sendo comentado antes da estréia. A tensão homossexual entre Holmes e Watson está no cânone, está nos livros, não tem como fugir. Daria tranqüilamente para fazer um filme gay com os dois. Mas o bandeiroso é o Holmes. Watson só poderia ser bi. :)

Devo dizer que sou um dos novos fãs trazidos pelo filme. Gostei demais e acredito que tenha sido uma excelente escolha, pois estava precisando esfriar a cabeça antes das provas da UFRJ.

Como foi mecionado anteriormente, a trilha sonora é um primor. Volta e meia a estou ouvindo no site oficial do filme. Se a princípio pensei que ela poderia se tornar irritante depois de um tempo, agora fiquei viciado em certas músicas.

Hoje comprei as edições em promoção do Submarino =] Com quase 230 reais de desconto, não iria deixar passar. As férias são longas e a leitura um dos meus hobbis favoritos.

E como não podia deixar de ser, vou meter o Takarazuka na jogada! =] Aqui tem um clipe do musical que o Takarazuka fez de Arséne Lupin no qual o Holmes tem uma participação no mínimo peculiar: http://www.youtube.com/watch?v=zQOoEfzcUCY

Obrigada, Igor! Valeu mesmo.

Agora eu quero encontrar a trilha do filme para baixar. Mas isso só quando voltar para Brasília.

Ainda não li 'Escândalo na Boêmia', mas já está na fila. Ver alguém dando olé no Holmes deve ser algo memorável. =D

De fato, câmeras trêmulas irritam mesmo. Creio que devo ter gostado por causa da bagunça que as lutas causam. E aquela chave dupla que deram no grandão, perto do fim, me fez rir um bocado.

'Estudo em Vermelho' já me deixou com dúvidas várias vezes. Nele diz-se que Watson tinha um buldogue (e Holmes não faz nenhum comentário sobre isso) e que o tiro o acertou no ombro esquerdo. Nos outros romances e contos, o buldogue não é mais citado e o ferimento passa a ser na perna. Mistério.

Devo concordar que forçaram um pouco a barra, porque ao menos limpo o detetive era. Quanto à roupa, acho que foi picuinha do Holmes mesmo.

Meu disfarce favorito é aquele que Holmes, vestido de velho, engana facinho o Watson em 'A Casa Vazia'. Aliás, o desmaio do doutor foi ótimo.

Adoro como a relação Holmes/Watson é descrita no cânone. Aquele aperto de mãos em 'A Aventura de Charles Augustus Milverton' me deixa boba toda vez que leio.

Pois é, eu gostei dos diálogos da Mary, a atriz é bonita e talz. Agora, ao ler seu comentário, lembrei daquele "olhar 43" que ela lançou ao Holmes no hospital; deu medo. =P

O próprio Guy Richie, admitiu que não leu nenhum livro do Sir Arthur Conan Doyle. Que iria de uma forma reiventar o personagem. Vi isto em uma reportagem no SBT, sobre o filme, que até entrevistaram os atores também.

E quando eu o vi dizendo estas palavras, já deu pra ter certeza que o filme não teria muita coisa a ver com os livros de Sir Arthur.

Bem, é legalzinho, mas concordo com cada palavra sua.
;*

Lissandra, ainda bem que eu não vi essa a tal entrevista com o Guy Richie, porque é elementar que ele mentiu. Ele leu alguma coisa de Holmes, porque eu duvido que algum inglês nào tenha lido, ou ouvido alguma novela de rádio da BBC, ou assistido algum filme ou seriado com recorte mais clássico. Aliás, eu detesto esse papo de não li nada, porque me parece sempre uma tentativa de afirmação de ego e genialidade onde, na verdade, não existe nada disso. Só criatividade, ousadia, e, às vezes, respeito, como no caso de Star Trek. Você tem link de alguma entrevista na qual ele fale isso?

Oh, demorei mas to aqui.

Sou um grande fã de Conan Doyle e ja assiste inumeras versões e adaptações de Holmes e Watson, algumas boas outras nem tanto, e quando vi o trailher com cenas de luta em camera lenta eu fiquei com os dois pés atraz, mas acabei me surpreendendo e no bom sentido.

Concordo com suas obsaervações, foi um filme divertido, facil de acompanhar. As mudança foram aceitaveis, com exceção do alcoolismo e da Mary Sinestra ^^.

Uma continuação vai ser bem vinda ainda mais se tiver Morriaty na trama.

Aliais , não é curioso como dois personagens que se tornaram tão importantes no universo sherlokiano como "A Mulher" e o "Napoleão do Crime" só apareceram em uma historia cada um?

De certa forma foram as adaptações e readaptações feitas pelo cinema, radio, tv e outros livros que ajudaram a consolidar muito do que consideramos essencial ao personagem.

Como o proprio Elementar meu caro Watson.

Isso deveria servir de lembrete p/ quem acredita que adaptações nunca deve sem feitas.

Anderson, o que eu acho engraçado de certas críticas por aí é descerem o pau no filme por sua "infidelidade" cobrando que ele retrate exatamente o que foi criado por outros infiéis. Descunfio que quem está falando não leu Sherlock Holmes mesmo!

Eu acho absurdo desejarem o Watson trapalhão, gordinho, baixinho e lento de raciocínio, quando ele nos livros não era assim. E é risível dizerem que as adaptações com o Basil Rathbone - que fisicamente é melhor Holmes, admito, e que eu acho um ator bárbaro - como as melhores quando elas simplesmente transportam Holmes & Watson para os anois 40! E eles enfrentam até os nazistas, WTF?! Isso é fidelidade?

De resto, SH é filme pipoca e SH era, na sua época, literatura popular. Nesse sentido, o filme atinge, sim, as expectativas.

E, na minha sessão, a intereção da platéia com o filme foi surpreendente. Eu não esperava tanto.

Acabei de descobrir que o Stephen King escreveu um conto - The Doctor's Case - protagonizado pelo Watson. Aliás, a Wikipedia disse exatamente o que eu escrevi aqui sobre o Watson.

Oi, eu te respondi lá no meu blog, mas só para constar que eu passei por aqui e li o seu texto (muito bom, por sinal). Agora é só ler os contos (e livros) que eu baixei. Foram quase todos, só alguns que eu não encontrei (gostaria de comprar, mas não dá no momento, mas vou me organizar para isso).

Tem muita gente que reclamou do filme que artes marciais, luta de boxes e o visual diferenciado do Sherlock Holmes são erros gravíssimos do novo filme. Uma grande afronta. Nem mesmo "Elementar meu caro Watson", aparece no filme. Mas, são pessoas que não possuem qualquer conhecimento dos livros. Leia este grande texto exclarecedor aqui embaixo :


http://scienceblogs.com.br/cretinas/2010/01/sharlock_holmes_e_as_artes_mar.php

Related Posts with Thumbnails