domingo, 4 de maio de 2008

E Terminou Desejo Proibido


Ana e escobar

Sexta-feira finalmente terminou a novela das seis, a primeira que assisti em muito tempo. Já fiz outros posts sobre ela aqui, acho que todo mundo sabe o plot básico de Desejo Proibido. Temos uma suposta santa milagreira em uma cidade do interior e um padre detetive disfarçado que vem investigar. Ele se apaixona pela mocinha que é o bebê do primeiro milagre (*lançada nas águas, morta e ressuscitada por ação da santa*) e começa a questionar suas convicções, leia-se o celibato. E falo como alguém que não é contra o celibato em si, mas é contra o celibato imposto, compulsório, assim como é contra o casamento imposto para que um homem possa ser reconhecido como pastor completo em muitas denominações evangélicas e protestantes. Sacerdotes católicos deveriam ter a permissão de serem casados ou solteiros, um homem (*estou falando só de homens do sexo masculino aqui*) não pode ser visto como menos ou não vocacionado porque deseja ter um lar.

Enfim, mas não é dogma, então mais dia menos dia, mais cedo ou bem mais tarde, acabam liberando e acabando com essa crueldade que atrapalha a felicidade de tanta gente. Claro, que Miguel sucumbiu muito rápido, faltou um pouco daquela angústia, daquela crise, a dúvida de alguém que se cria vocacionado e tinha grande futuro na instituição, o sofrimento e, sim, a carta de liberação do Vaticano veio tão rápido que ficou parecendo brincadeira. Acredito que na vida real ele esperaria anos.

Acompanhei a semana final, e o que eu digo é que foi um “último capítulo em cinco partes”, infelizmente, a parte mais fraca foi exatamente a última, a de sexta-feira, que teve poucos momentos realmente interessantes. Ao longo da semana foram sendo resolvidas quase todas as tramas. Foi criada a situação engraçadíssima da suposta candidatura do padre, com Viriato acreditando em sua própria invenção e D. Guará de cabo eleitoral. O vilão – que era mais um moleque mimado que precisava de uma boa coça – estava morto e todo mundo já sabia o assassino. Elementar demais, o problema consistia em como chegar a ele. O delegado o fez, graças a ajuda do boticário, pai do rapaz, e do cachorro Cebola, personagem fixa da trama. Diogo envenenou o café de Henrique e prosseguiu cínico (*e mau ator... como é fraco o filho da Lucélia Santos*) até o fim. Terminou na cadeia. Os outros vilões, tiveram finais diferentes. O capanga Germano fugiu (*bandidos as vezes ficam livres neste país*) e Cândida (Eva Wilma), avó de Henrique, se matou.

O suicídio de Cândida, falida e despejada, consistia em uma homenagem final ao neto, uma espécie de sacrifício. Ela queria explodir a gruta da Virgem, morrendo e matando Laura. OK, Miguel usou o seu cérebro, por vezes atordoado por tanta paixão, e deduziu que algo cheirava mal, e quando o *fofo* do engenheiro Gaspar contou das bananas de dinamite faltando no material da ferrovia, ele matou a charada. Tudo pelos ares. E aí começou o problema. Efeitos especiais globais não raro deixam a desejar. Sim, isso é antigo. A Casa das Setes Mulheres dava pena na hora das batalhas. Cândida morre e Miguel, também. O resgate chega tarde demais, Laura chora aos uivos e pede à Virgem que o salve, oferece sua vida, desfalece e... Bem, foi muito over e fake. Tinha que ter milagre, ele tinha que ser reconhecido, mas ressurreição na frente da cidade toda... E nem chega uma carta do Vaticano dizendo nada depois, reconhecendo os milagres (*ressurreição de Laura bebê, a medalha que salvou Luiz Antônio do tiro e, por fim, a ressurreição de Miguel*). Foi uma gafe.

Meu marido falou que era adulação à Igreja Católica. Não percebi assim, a santa era um eixo importante e o milagre teria que acontecer, a seqüência é que foi mal orquestrada mesmo. E mais, não se esqueçam que a questão do celibato é uma crítica forte demais, e um colega disse que o nome da estação de trem do Viriato, recebeu o nome de um famoso médium que foi perseguido pelos poderes eclesiásticos. Não sabia, e, se for verdade, soa como outra crítica velada. Mas também é mais uma vez a presença espírita quase obrigatória na trama das seis, as outras menções tinham sido suaves referências á reencarnação feitas por Iracy e Edith. Ninguém, claro, questionou. Era como se a tolerância com outras práticas religiosas fosse corrente no interior do Brasil no início do século XX. Os espíritas, assim como os protestantes e os praticantes das religiões afro, eram duramente perseguidos na época. O Estado era laico, mas seus agentes não eram. Aliás, hoje são?

No demais, nos livraram do baby-boom. Sim, Negrão não colocou uma enxurrada de bebês, nem engravidou a protagonista, Laura. Havia três grávidas, verdade, assim como três noivas em um único casamento. A cerimônia, aliás, só teve graça por conta da choradeira do delegado. No mais foi pró-forma, um dos momentos fracos do último capítulo. Houve também a homenagem ao Nezinho, pois o ator Luiz Carlos Tourinho, foi muito sem graça. O ator não se parecia com ele, imaginei um menino fazendo a cena. Foi desnecessário, uma carta do Nezinho seria muito melhor ou que o rapaz dissesse que Nezinho o tinha enviado para ajudar Padre Inácio.

Os momentos altos do último capítulo foram o nascimento do filho de Ana e Escobar, o meu casal favorito na trama, e o desfecho da Florinda e do Ciro. Bem, Ana estava tranqüila – taí outro milagre da Virgem – confiando que tudo daria certo, enquanto o doutor se desesperava. Muito humor e pouca tensão, mas ficou ótimo. A criança nasceu saudável, Marcos Paulo fez uma ponta como médico, e eles voltaram para Passaperto com um bebezão. Faltou o batismo na gruta, esse, sim, seria um momento emocionante. Muita gente não percebeu que se passaram meses, e, claro, alguma das outras grávidas deveria já ter tido o seu filho, assim como deve ter rolado a eleição, que não foi mencionada.

O caso de Florinda é especial. A moça era obcecada por casamento, achava que este era o seu destino e que precisava cumpri-lo. Foi abandonada no altar e virou a cabeça. O noivo, um canalha completo, passa então por uma transformação de caráter, revê seus erros, se redime. Eu gosto da temática da redenção, do arrependimento, deve ser minha veia cristã pulsando forte. Mas tem que ser fruto do esforço e não uma mudança repentina, nunm passe de mágica, recebendo o perdão automático de todos, por isso mesmo, foi um dos pontos muito bem trabalhados. Gostei de ver o Ciro se consertando, como gostei de ver o coronel, José de Abreu, se redimir, mostrando que é possível mudar de vida, questionar suas crenças e valores, foi talvez a mais humana das personagens da novela, ganhando o perdão de todos e buscando a felicidade.

Ciro vai ao inferno e volta, consegue mostrar a todos que tem valor e que se arrependeu do que fez. A cena em que contou seu passado do Viriato, depois de salvar o André foi uma das melhores da personagem. Mas Florinda não dá bola para o Ciro reformado e pisa nele; ela não quer mais casar, quer ser atriz, ir para Hollywood e sair da cidadezinha. No arrasto, Clemente, rapaz talentoso e inteligente, mas complexado por ser manco, vai junto. É a crítica a utopia da boa cidade do interior, o melhor de todos os mundos, quase um útero materno, muito comum nos filmes americanos.

Flor não fica, e Ciro tem que ir atrás dela, correr atrás porque ela não vai abrir mão de seu sonho pelo tal amor ou o casamento. Ela não ficou mais inteligente com isso, mas foi à luta, assim como Clemente. A sua maneira foi subversivo, pois já vi muita gente reclamando que o sonho dela era casar e que ela deveria ter ficado e casado com o cara. É o inverso da Dulcina, que para estudar teve que casar (*mas ela ama o sujeito, foi uma escolha, a boa escolha*), pois sozinha não lhe permitiriam ir, pois a mãe preferiria vê-la encalhada, a vê-la como uma mulher emancipada e feliz. Mas estamos dentro do possível, a transgressão aceitável dentro de uma Minas Gerais fictícia dos anos trinta. É muito mais do que um Manoel Carlos patriarcal com suas tramas chorosas com mocinhas fúteis e famílias cheias de agregadas que rolam na cama dos patrões jamais vai nos oferecer.

Falando em patriarcado, a trama teve sua boa cota de mulheres patriarcais em Belinda e Cândida. A mãe de Dulcina protegia os mal feitos do filho, seu filho querido, e só via defeitos na filha, que estudiosa demais, deveria é caçar um bom partido. Ler não é coisa de mulher, sonhar com carreira não é algo que uma moça deva desejar, ainda mais ser engenheira. Investiram bem nessa discussão no início da trama, depois ela foi posta de lado e eu temi que fosse esquecida. Mas a mãe foi sendo humanizada, mostrada por outros ângulos, valorizada e se tornou bem interessante nas mãos de uma atriz competentíssima. Gosto de Júlia Lemmertz faz tempo, mas foi o primeiro papel dela em novela que me marcou. No fim, a personagem de Júlia não deixou de ser obcecada pelo marido, mas tornou-se menos preconceituosa, e passou a admirar a filha por várias de suas qualidades, mesmo persistindo na defesa – agora não tão extremada – do filho marginal.

A outra grande mulher patriarcal, foi Cândida, mas esta foi deixada muito tempo nas sombras para que Henrique, um vilão fraco, sem complexidade, e de traços psicóticos, brilhasse. Quando ela ganha a cena, com suas contradições e humanidade, sim, todos eram muito humanos nessa novela, ela conquista. Seja tramando contra Laura, seja chorando pelo neto, seja lembrando do passado com Viriato (Lima Duarte) e um momento importante, seu confronto com o coronel.

Uma amiga disse que se o José de Abreu ou o autor da novela me conhecessem (*e soubessem dos meus extremismos*) e me vissem dizendo que gosto do coronel – um vilão bem convincente durante boa parte da novela – apesar de tudo o que ele fez, o ator ganharia um prêmio. No fim das contas, ele representava alguém falho, que teve que superar um ciúme doentio que lhe atordoava, mas disposto a tentar melhorar e que no final das contas queria o bem de todos e volta acabava metendo os pés pelas mãos. Sei lá... o coronel teve seu momento de “monstro da Áustria” ao prender Ana na caverna e fingir que não sabia de nada. Eu não deconfiava dele, palavra, achava que era coisa de outro... Mas a cena que me refiro, entre Cândida e o Coronel, é quando a avó ressentida e sogra vingativa admite que sabia que Henrique assediava a madrasta, Ana, mas que era o que a bugra merecia. É a lógica da senzala, da colônia. As boas mulheres brancas e castas (*ou que se fingem ser*) jogam a culpa dos “pecados” de seus homens na lascívia das outras mulheres, negras, índias e mestiças. Se são assediadas é porque assediaram primeiro, se são estupradas, é porque merecem.

O patriarcado oprime as mulheres, mas não se mantém sem sua adesão. Por tudo que Cândida sofreu e pelas possibilidades que teve, ela poderia ter feito a ruptura, mas não foi capaz, e passou a cooperar para a sua manutenção, inclusive oprimindo outras mulheres. Espero que alguém tenha notado o motivo daquele diálogo e parado para pensar. Assim como espero que Madalena, pré-feminista auto-didata e desastrada, tenha sido ouvida quando diz para a desesperada Mina que uma mulher é dona de seu corpo e que não pode ser recriminada porque fez algo “por amor” (*sim, ela não ia chutar o pau da barraca, vejamos a coerência da novela*), como ela mesma foi. Enfim, eu realmente queria ver a Madalena dando a luz a outra menina e o delegado Trajano, chorando de desespero. Foi o bebê que faltou.

E tivemos o grande finale com Miguel e Laura jurando amor eterno aos pés da Virgem na gruta. Tudo foi muito bonito, mas um bonito artificial, muito uso de branco, muita falação... Aqui, sim, faltou o casamento civil. Afinal, lutaram tanto para isso. Poderia ser somente a menção, mas não poderia deixar de haver a bênção amorosa de padre Inácio e uma crítica ao fato de padres que largam a batina não poderem receber este sacramento. Não que eu veja a cerimônia como algo que santifique a união, é o amor e a conjunção carnal que tornam um casamento indissolúvel, ou pelo menos deveriam tornar e, claro, nesse sentido o juramento dos dois foi mais que justo.

Faltou alguma coisa? Sim, D. Guará merecia um final melhor, o pessoal da pensão ficou de lado, Raquel não teve um final (*não estou reclamando aqui, OK?*), Brasil não teve destaque no último capítulo. Aliás, se a novela conseguiu romper com a mesa de jantar e ofereceu mocinhas que não precisam de casamento – Laura (*conscientemente, ela disse isso com todas as letras várias vezes, era o Miguel que não conseguia se tranqüilizar*) e Florinda – e uma outra que juntou o amor e os estudos, não deu um passo sequer na representação dos negros nas telenovelas. O autor recorreu aos antigos clichês, o cômico, a empregadinha tagarela, os bom servidores, gente sem família, sem ligações maiores. E o que foi feito do Sargento Albucacys? Ele foi outro que apareceu – com seu belo porte e voz profunda – e sumiu. Outro solitário que sumiu, foi Lázaro. Que se fez dele? Cláudio Marzo esteve muito bem em uma novela na qual quase todos brilharam e não ficou visível depois da cena em que se oferece para ser advogado de Raquel. Enfim, e não tinha escola na cidade, mas não vou repetir o que já disse.

Que dizer mais? Foi uma ótima novela, sem nenhuma ponta solta, sem a famigerada barriga (*aquele momento em que nada acontece, mas você estica, estica, estica*), com um texto muito bom e um dos elencos mais bem integrados que eu já vi. Alguns brilharam mais, especialmente os veteranos, mas os jovens foram muito bem. Dos poucos fracos, acho que só o Berenger tem salvação, mas nem Neschling, nem Birkheur, atrapalharam de fato. Pior é quando escalam um fraquinho para protagonista. Pena que não deu o IBOPE que merecia. Mas fazer o que? Quem não viu, perdeu. Quem quiser olhar os vídeos da nvoela que eu tenho feito, é só ir no Youtube.

A próxima, não sei se assisto, afinal, louvação do mito dos anos 50 (*para fazer contraponto dos nossos anos lulescos dourados, podem ter certeza*), a exaltação de Brasília (*Oh, céus!!! Estou exilada nela...*), autor que limpa a história de tal ponto que não reconhecemos a trama básico do livro (*sem eutanásia, sem suicídio, sem personagem lésbica, sem a promiscuidade, sem a hipocrisia, sem o ócio improdutivo dos jovens ricos do livro*), e que ainda diz que ser homossexual hoje, no Brasil, não é transgressão, tampouco provoca reação negativa (*em que Brasil ele vive? Não deve ser nem o Brasil das novelas da própria Globo*). Mas vamos lá, o autor da nova novela ainda comparou o "fracasso" (*e ela deve ter dado mais de IBOPE que Desejo*) sem motivo de A Força do Desejo - novela mal arranjada e que tentava emular velhos sucessos - com Desejo Proibido, não dá. A segunda foi tradicional, mas sem os absurdos, sem as forçações (*Sônia Braga, branca?!*), sem tramas mirabolantes (*melembro de várias*).

Mas devo dar uma olhada e vai ser uma novela curta, ainda bem. Triste ver que as novelas da época da Ditadura terminavam ousando mais e, isso vale para Desejo Proibido, também, e que nossa censura atual parece ser mais burra e nossos autores muito menos engajados. Ciranda de Pedra dificilmente poderia virar novela, por seu tamanho, quanto mais, novela das seis hoje em dia. Eu olho todas as novelas de Época, da Globo, da Record e de quem mais fizer, mas acompanhar é raro. Tentei fazer com Essas Mulheres, mas as vezes enchia, só consegui mesmo com essa humilde novela que terminou, tão bem urdida que a Globo não teve coragem de intervir, apesar dabaixa audiência.

8 pessoas comentaram:

Eu amei a novela, mas não gostei muito do último capítulo, por todos os motivos que vc enumerou. A cena final, achei brega, artificial, exagerada mas, enfim, nada é perfeito e prefiro me ater ao conjunto que é, de longe, a melhor trama dos últimos anos. Aliás, vale ressaltar que foi uma novela que deu espaço para todos os atores mostrarem o que sabem (e em poucos casos o que não sabem) fazer.

Mostrar o que não sabem, foi ótimo... ^_^ Mas vc não reclamou de eu não ter falado da filha caçula do delegado...

Sou da mesma opinião que vc: o final teve momentos beeem forçados (pra alguns dá pra dar desconto porque é novela de época e das 6), mas felizmente eles não tiraram o brilho da trama toda. Isso ajuda a confirmar a minha teoria de que o que ferra as novelas atuais é essa pressão por audiência, e as mexidas forçadas que dão na trama. Well, fazer o que?

E acho que vou procurar o livro dessa novela nova. Tá me parecendo bem mais interessante depois dessa entrevista.

Olha, eu cismei de ler Ciranda de Pedra quando li que hvia uma personagem lébica que não seria mais... E depois comecei a er as cretinices do autor da novela e isso me aguçou, pois li também sobre a primeira versão, elogiadíssima, por sinal. Fui atrás. No sebo o livro me custou seis reais. Baratinho.

É um livro pesado. A protagonista na infância é bem racista (*vão cortar... nem menina ela será msotrada*), o livro é denso e pesado. A personagem lésbica, assim como todos os outros da ciranda de pedra (*lendo o livro, você entende*) são absolutamente desprevízeis... Todos são, aliás, talvez não Conrado, mas não concluí. Pois bem, como ser lésbica não é transgredir e sofrer, nos dias de hoje, decidiram colocar o pai (*já morto na segunda parte do livro*) contra o esporte e a tal Leticia se apaixonando por um homem mais velho. Ora, desde quando nas altas rodas (*e nas baixas, também*) é transgressor se apaixonar por um homem mais velho? Só se fosse, no caso dos ricos, mais velho e pobre ou negro... Mas eu não espero muito dessa Ciranda, não.

Amei Desejo Proibido! A única coisa que eu discordo da Valéria na questão de ser ponto forte do último capítulo foi a Florinda com o Ciro, eu estava certa de que ela daria um pé na bunda definitivo no Ciro e ficaria com o Clemente, que não merecia ficar sozinho. A meu ver, essa foi a pior parte do último capítulo, o Ciro subindo no trem e beijando a Florinda
E venhamos e convenhamos, tava mais do que na cara que o assassino do Henrique era o Diogo, ele ter jogado a xícara de café com os restos da strikinina no lixo da Prefeitura foi assinar a confissão de culpa
Foi linda a união simbólica de Laura e Miguel, é claro que eles trocaram várias juras de amor ao longo da novela, mas essas valeram como votos perpétuos e sagrados como os de um casamento tradicional.Agora o por que eles não casaram no civil nem eu sei explicar, o autor deixou isso em aberto. E Viriato foi explicitamente voltou a ser prefeito, acredito que nem teve eleição (Henrique bateu as botas e o único candidato da oposição que poderia disputar o cargo foi preso, e a maldita ferrovia saiu do papel depois de uma longo e tenebroso inverno

Tadinho... mas o bichinho fez de tudo para se consertar. E quanto ao Clemente, até torci por ele, mas o autor trouxe a americana e ela acabou conquistando o rapaz. Lembra? ^_^

Acabei me esquecendo de comentar mais sobre a novela, mas vamos lá. Algumas das coisas q vc criticou (a "união" dos protagonistas, a ressureição do Miguel) foram bem breguinhas, mas se encaixaram bem no contexto da novela (que é sobre os milagres da santa). Se faltou ousadia, pelo menos não teve forçada de barra, e isso já é um ponto pra lá de positivo na produção atual.

Até porque sou da opinião de que uma novela (ou filme, livro, desenho animado, ou qualquer coisa) deve atender àquilo que se propôs. Se vier mais, é lucro, brinde.

O livro é pesado? Ótimo, é isso que estou procurando mesmo. Gosto bastante de coisas assim. Engraçado que vendo o plot da novela pelas propagandas eu imaginei isso, e já fiquei na expectativa se iam limar a história. Mas parece que a maior polêmica na imprensa foi a Arósio estar fazendo papel de mãe de adolescente, aff...

Sim, é verdade. Em Desejo Proibido não se forçou barra, fora no caso d aliberação dos votos do Miguel, rápido demais, ele certamente teria que esperar por anos. Mas acho que a cena em si, a do milagre, não foi brega, foi over.

Quando disse "pesado", falo de denso. O livro é denso, emoções concentradas, violentas. As personagens não me aprecem simpáticas, salvo Laura e Daniel, que morrem na primeira parte. Enfim, é curtinho. leia e diga o que acha. :)

Related Posts with Thumbnails