quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Entrevista com Hagio Moto - Parte 1


Tenho duas entrevistas com a Hagio Moto para traduzir. A primeira é a do ANN. Não aparece escrito que é o/a entrevistador/a. Depois, traduzo a do The Comics Journal (*obrigada pelo link, Alexandre*). Ah, o Matt Thorn participa da entrevista, também.
Gostaria de começar de uma forma pouco usual. Há uma coisa que eu gostaria de mostrar para você – é uma das minhas ilustrações favoritas de sua autoria. Você se lembra dela?


Ah~! Ela é de… De que livro é?

CLAMP no Kiseki.

Sim, sim. Está certo. Eu desenhei esta ilustração para a CLAMP.

Esta é a primeira vez que eu vejo isso. (Matt Thorn)

De que trabalho da CLAMP era… Clover.

Eu fico imaginando se você pode explicar qual era o seu conceito por trás dessa ilustração.

Esta é uma história da CLAMP, Clover, e essa é a mionha leitura das personagens. É uma imagem das personagens no palco – da forma que eu gostaria de vê-las atuando. As roupas são inspiradas no Teatro Takarazuka.

Oh, Takarazuka!

É um show muito impressionante, não sei se você conhece...

Sim, eu via o espetáculo de Ribon no Kishi [A Princesa e o Cavaleiro].

Ah, então você conhece!

Então, para não fugir do assunto: você representa os primórdios da revolução no [shoujo] mangá, enquanto CLAMP representa, por assim dizer, a geração moderna do mangá. Qual você acha que é a grande diferença em como o mangá mudou desde que você começou sua carreira?

Eu cresci lendo mangás quando estava no primário, e a maioria dos artistas que criavam shoujo mangá eram na verdade homens. Havia também uma certa quantidade de ficção científica nos shoujo mangá da época. Quando eu leio os trabalhos da CLAMP, eles me lembram da emoção que era ler shoujo mangá de ficção científica quando eu era criança – a pesar, das histórias da CLAMP serem muito mais sofisticadas e complexas que aquelas que eu costumava ler quando era pequena.

Há muitos fãs nesta convenção que não devem nem saber quem você é. O que você diria para esses leitores para convencê-los a ler os seus trabalhos?

Como eu poderia convencê-los a… hmm… o mainstream na America é basicamente o quadrinho de herói, mas eu gostaria de fazer os leitores americanos compreenderem que podem existir muitos tipos de histórias. Você pode usar diálogo e imagens para desenvolver todo o estilo de histórias – a mesma mídia, mas diferentes tipos de conteúdo.

Você está atualizada em relação ao shoujo mangá atual, e qual seriam os seus favoritos? O que você recomendaria?

Meu favorito é Ōoku de Fumi Yoshinaga. E, também, Nodame Cantabile de Tomoko Ninomiya.

Oh, Nodame Cantabile! Eu toco piano—

Eu, também. (Matt Thorn)

Há também uma nova autora —Akiko Higashimura, que está fazendo uma história chamada Kuragehime [Jellyfish Princess]. Ela venceu o Kodansha manga award deste ano.

Quais são os grandes desafios enfrentados hoje pelos mangá-kas, e como você acha que eles podem superá-los?

Um dos problemas é que as opções de entretenimento se ampliaram tremendamente – computadores, vídeo games, e etc. No passado, mansa era um meio fundamental de diversão para as crianças, mas hoje em dia eles não ocupam uma posição importante como antes. Além disso, há menos crianças – a população está encolhendo. Assim, de agora em diante, o maior mercado será provavelmente a China. [risos]

E com sorte, a América, também.

2 pessoas comentaram:

Eu tenho esse volume do Clamp no Kiseki que aparece essa imagem, confesso que não curti muito a imagem, mas acho que agora vou olhá-la com outros olhos xD.

Nooooooooooossa! Eu como fã de Clamp fiquei super feliz delas serem reconhecidas pela grande Hagio Moto! É ou não é muito prestígio?
Coisa linda!

E os mangás que ela lê atualmente foram bem interessantes.

No momento estou lendo Kaze to ki no uta e toward the terra da Takemiya keiko, espero muito conhecer obrasda hagio moto também!

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