segunda-feira, 7 de junho de 2010

Bonecas BLYTHE homenageiam animes e mangás clássicos



Começo já me desculpando, porque não sei se as colecionadoras chamam as BLYTHE de bonecas. Eu realmente não sei, e as acho bem feinhas se comparadas com outras bonecas feitas no Japão, só que esta exposição é muito legal e tenho que noticiar aqui. Segundo o Comic Natalie, para comemorar o aniversário de 9 anos de criação das BLYTHE será aberta no dia 26 de junho a exposição "Manga Girls Inspiration", com as boonecas vestindo personagens de mangás clássicos (*ou nem tanto*): Black Jack, Minky Momo, Cyborg 009 (*a persoangem que tem lá o poder da “super maternidade” e, só para confirmar, o bebê está com ela*), Card Captor Sakura, Himitsu no Akko-chan e, até, o Gato Félix (!) . Enfim, há mais fotos aqui. Queria ver fotos da exposição toda. Se entendi bem, ela rodará o Japão por 1 ano.

9 pessoas comentaram:

Meu sonho de consumo é uma Blythe, adoraria ter uma da Sakura! XD E acho que eles chamam de bonecas, sim... Se procurar por blyhte no Flickr tem um motne de foto de gente que personaliza suas Blythes, são lindas! :D

Oi, Valéria, aqui é a Petra ^_^

AMEI a notícia porque sou colecionadora de Blythe também!

(E sim, muitas pessoas acham as Blythes feiosinhas -- e elas são XD -- mas depois que você começa a conhecer, e ver as customizações de rosto e corpo, começa a entender o charme que elas podem ter e o encanto que exercem. Gosto da desproporção e da estilização delas) =)

Estava sabendo que essa exposição ia rolar, inclusive o concurso de customização desse ano era com esse tema de "garota de mangá" (todo ano a empresa dá um tema e colecionadoras do mundo todo mandam uma Blythe customizada pra participar). A Blythe customizada vencedora participaria da exposição e rodaria o mundo.

Tinha uma exposição desse tipo rolando no Japão quando fui em abril, mas era de estilistas de marcas famosas customizaram Blythes, fiquei super feliz de poder ver =) Infelizmente eles não deixam tirar fotos mesmo, acho que é pra obrigar o povo a ir ver pessoalmente...

E sim, não se preocupe, as colecionadoras a chamam de bonecas ^_^ (mais problema seria chama-las de feias, mas o pessoal não tem muito problema se não estiver falando de nenhuma boneca em específico) ;)

Pra finalizar, amei a Blythe Black Jack com a Pinoko *___* Muito Bem sacado (a Pinoko é um tipo de mini Blythe que tem à venda no mercado.)

(Comentário, personagem que eu classificaria como tendo "poder de super maternidade" seria a Melmo do Osamu Tezuka -- a menininha órfã que ganha pílula mágica pra se tornar mulher adulta e assim tomar conta de seus irmãos amis novos... até leite ela desenvolve pra amamentar o irmão! -- ... a Cyborg 003 infelizmente é só "maternalmente estereotipada" mesmo ^^")

Eu não sei o que você quis dizer com (*ou nem tanto*), mas Cyborg 009 é clássico o bastante para a própria Ryoko Ikeda ter prestado sua homenagem:

http://upmyphoto.com/img/frh_920099_images_2112_120245_loc.jpg

Compreendo a questão do estereotipo, mas a série nasceu em uma época onde várias personagens de mangá eram retratadas assim, inclusive a obra do próprio Tezuka está recheada de suas “donzelas em apuros”. A Françoise se desenvolve como uma personagem mais forte e melhor construída com o decorrer da série, que deixa de ser focada tão somente na ação e passa a ter um enfoque maior no amadurecimento emocional dos protagonistas. Moto Hagio e Keiko Takemiya são duas das mais importantes artistas shoujo de todos os tempos e já declararam que Ishinomori teve um papel importantíssimo em suas carreiras. Bem, não queria ser chato, só achei que seria justo registrar aqui o meu ponto.

Felipe, está publicado o seu ponto. Assim as outras pessoas poderão ler. Agora, você não precisava vir me dar aula sobre a importância de Cyborg 009, eu sei. Mas isso não muda o fato do poder da personagem em questão ser somente esse "ser mãe". O autor reafirmava, assim, que existe "um destino". Os homens podemter múltiplas funções, nós, mulheres, somos mães. E festejemos isso.

No mais, não considero relevante tentar empurrar a importância do Ishinomori para Hagio Moto e Takemiya Keiko, sem que você me envie links de entrevistas onde elas próprias citam isso. Já li algumas, nunca li nenhuma menção ao Ishinomori em pessoa. Então, Françoiase ou seja lá como ela se chame, não foi fundamental para o que elas fizeram depois. E, ainda bem, que ela ficou para trás, porque diferença ela não fez mesmo.

Tudo bem, aqui estão:

Entrevista com Moto Hagio:

http://www.matt-thorn.com/shoujo_manga/hagio_interview.php

"Hagio: Osamu Tezuka, Shotaro Ishimori13, Hideko Mizuno14. I was crazy about them. I copied them constantly."

"Hagio: Right. In my first and second year of high school, when I was beginning to think about my future. And it was just around that time that Ishimori came out with An Introduction to Cartooning and An Introduction to Cartooning, Continued [1965 and 1966]. In those books he talks about how he got to be a cartoonist, and how poor he was when he was younger. He would buy a single daikon radish, and live on that for a week. [Laughs.] Stories like that. And I would think, "Living for a week on daikon!? I hate daikon!" [Laughs.] But after I read Tezuka's Shinsengumi, I thought, “I'll try it even if I have to live on daikon for a week.” I became serious about cartooning. I started looking for publishers and submitting work. I submitted for about two years. About 10 different pieces I sent here and there."

"Hagio: They all did. In particular, everything by Tezuka blew me away when I was elementary school. Every story I read, I would think, "Wow! So this is what happens? This is what the character thinks?" Particularly the near-future science fiction stories, such as Astro Boy. They were just so imaginative. And I also would think, "So this how you make a story?" It was because the stories were so carefully crafted that it was so easy for me to understand them. Ishimori was more sensually rich. His drawings were beautiful. But his stories weren't as solid. He would jump from one episode to another indiscriminately, and you'd be left wondering, "Whatever happened to that character?" or, "Huh? You mean the story's over?" [Laughter.] A lot of his stories were like that. But they still carried impact."

Entrevista com Keiko Takemiya:
http://manga.about.com/od/mangaartistswriters/a/KeikoTakemiya.htm

"Q: First off, what inspired you to become a manga artist? Were there any particular artists or stories, or incidents that made you think, "Yes, this is what I want to do?"

Keiko Takemiya: When I was a middle-school student I already drew manga—without telling my parents. A Primer For Manga Artists by the great pioneer Shotaro Ishinomori convinced me that the medium’s potential was as great as I already suspected it was."

E uma imagem para ilustrar:

http://img193.imageshack.us/f/keikotakemiya.jpg/

Respeito seu trabalho, Valéria, entendo perfeitamente sua posição. Mas acho que sua opinião é muito superficial e carece de uma pesquisa mais aprofundada sobre o assunto.

Mais uma entrevista com Moto Hagio:

http://ponoichizoku.blogspot.com/2007/05/poe-was-born-interview-by-moto-hagio-i.html

"Moto Hagio Interview (Installment 1)
*009 was my idol

—Today I would like interview Ms. Moto Hagio about Mr. Shotaro Ishinomori's personality and his works. Hagio-san, I assume you read Ishinomori's work in your childhood. Do you remember any works of his that impressed you back then?

Hagio: Yes, back when I was in elementary school, there was a rental bookstore nearby. "Yesterday Comes No More, But Neither Tomorrow…" (1961) was in an extra issue of some magazine and I was blown away when I read it. Around that time, I rented "Shojo Club" regularly and had read "Emiko Story" (1962). And I then read "Funny Funny Funny That Girl" in "Weekly Margaret" (1964—). Then a bit later, I got obsessed with "Mutant Sabu" and "(Cyborg) 009."

—What was it that impressed you in "Yesterday Comes No More, But Neither Tomorrow…?"

Hagio: A girl comes from the future and she grows older and bigger (each time she appears); that idea, of a sort of time-layered structure, was in itself intriguing to me and I was wowed by it. I had also been reading "Ghost Girl" on and off since the second grade. It was about the 4th dimension, and the answer to the question, "How could she get inside the enclosed room?" was also based on the time gap (idea), and so I was interested in that one too. Besides, his drawings were cute.

—Not only was Ishimori popular among women in his shojo manga era, but also for his shonen manga works like "009," wasn't he?

Hagio: Yes, [the rest is omitted from translation]"

Infelizmente eu não tive acesso a esse material, mas no DVD de Toward the Terra também existe um extra interessante:

http://www.otakureview.net/?tag=toward-the-terra

"In the second half of the interview, Takamiya will talk about the characters some more going over Soldier Blue’s design and her relationship with manga artist Shotaro Ishinomori (Cyborg-009 among many others)."

E aqui mais um tributo e uma dedicatória a Ishinomori por parte de Keiki Takemiya:

http://img443.imageshack.us/img443/6081/ishinomoribykeikotakemi.jpg

Agradeço os links, Felipe.

Mas quanto ao poder da super maternidade, sinceramente, não preciso de maiores pesquisas para ver o óbvio. E não retiro nada do que disse, ate porque, o post é sobre BLYTHE e, não, sobre a importância do Ishinomori. Você é que decidiu tomar como tal. As duas citarem Cyborg 009 não muda em nada o fato que coloquei aqui. Afinal, elas não disseram que se inpiraram na persongem, mas que admiravam o autor e a obra específica.

Mas a minha crítica não foi quanto a sua colocação sobre a personagem, foi quanto a tirar o mérito de clássico de Cyborg 009. Eu admito que exista sim um estereotipo, mas como estudioso da obra de Ishinomori, eu garanto que isso não é uma imagem que se prolongue por muito tempo (quando iniciou Cyborg 009, Ishinomori tinha apenas 25 anos, ele ainda tinha muito que amadurecer como artista.). Ou pelo menos foi essa a interpretação que eu tirei do modo como você se expôs com “mangás clássicos (*ou nem tanto*)” com os parênteses relacionados diretamente com a obra em questão. Você especificou o título e não a sua visão quanto à personagem.

Eu discordo que seja tão óbvia assim a maternidade sobre a personagem, até porque você confessa que nunca teve acesso ao material original. Lembra-se quando você mesma fez um comparativo entre a Oscar de Ikeda que é capaz de tomar suas próprias decisões como mulher e a Oscar do anime que se redime a aceitar as opiniões políticas de André e seu pai? Acho que aqui cabe o mesmo caso.

Felipe, creio que fui grosseira com você e peço desculpas. Agradeço os links, tinha lido essa entrevista do Thorna, até porque tenho o volume impresso onde ela saiu. Esqueci e fui precipitada no meu primeiro comentário.

Só que em nenhum momento eu falei de Cybog 009, mas da personagem conforme ela é apresentada no anime. Então, devo supor que, no mangá, tudo é muito diferente e o fato da função da persoangem ser carregar para lá e para cá um bebê que tem mais poderes que ela não proceda. Devo supor então que a personagem de Ishinomori foi totalmente deturpada pelo anime e o fato dela aparecer de bebê a tiracolo como boneca seja mera conhecidência.

Veja bem, todas as imagens que você me enviou como homenagem foram da protagonista, não da personagem feminina em questão. Para mim, até que se prove o contrário, a imagem que fica é esta: ela está na obra - o anime que assisti - para cumprir funções maternais e, sendo a única personagem feminina do grupo de heróis, isso é muito significativo. Aliás, não se distinguindo de materiais americanos do mesmo período como O Quarteto Fantástico. E é como "mãe" que ela aparece como boneca.

Mas veja bem, ninguém vai dispurtar a importância do Ishinomori e sua obra. Ela fala por si mesma, mas a personagem em questão é profundamente esterotipada. Este é meu ponto.

Mas o post não é sobre Cyborg 009, e eu não tenho interesse mais profundo pelo mengá, pelo anime, ou pela obra de Ishinomori. Não entendo porque insistir em falar de Cyborg 009, quando eu somente comentei a personagem. Está aí ela com seu bebê e ponto final.

Related Posts with Thumbnails