quinta-feira, 30 de julho de 2009

Love in 2D: o cotidiano de um otaku casado com um travesseiro



Esse artigo de Lisa Katayama para o New York Times sobre uma parcela do público otaku que prefere manter relações estáveis, por assim dizer, com personagens 2D está gerando discussões nos sites americanos. Lembram do sujeito que queria o direito de casar com uma personagem de Suzumiya Haruhi? Pois é, ele participa da matéria defendendo a mesma linha de argumento, casar com bonecas, ou como no caso do protagonista da matéria, Nisan, com um daimakura (*travesseiro em tamanho quase natural ou natural*) com a imagem de uma personagem 2D de 12 anos, é algo legítimo e saudável. Nisan, por exemplo, passeia com Nemutan, o travesseiro, conversa com ela, compra comida e faz as "suas vontades".

A autora faz algumas reflexões sobre o que conduz esses homens - porque eles são a maioria - a se alienarem das relações com o sexo oposto, mas não toca no fato do ideal fantasiado por eles ser quase sempre uma adolescente ou criança mesmo. Enfim, vale a leitura, mas não farei a tradução por falta de tempo. Que ninguém pense que se trata de uma matéria sobre o fã médio de anime, mangá ou games, trata-se de uma matéria sobre uma parcela dos fãs hardcore, nada mais que isso, embora seja algo preocupante. O Japan Probe fez uma série de críticas ao enfoque de Katayama. Desculpem, mas está tudo em inglês. E quem não conseguir abrir a matéria original pode baixar em pdf.

8 pessoas comentaram:

Que triste o_õ Em que ponto estamos chegando?

A autora não toca no fato do ideal fantasiado por estes maniacos por daimakura ser quase sempre uma adolescente ou criança mesmo, justamente por essa parte compor a fantasia da maioria dos homens comuns. Sempre haverá homens maduros (saudáveis ou não) fantasiando com adolescentes. Mesmo a pedofilia sendo considerada doença, sempre haverá homens de várias idades, saudáveis ou não, fantasiando com garotinhas de 11, 10 anos.

Agora, claro que fantasiar com personagens de animê, garotas imaginarias, que não são de carne e osso, essa sim é a parte patológica da coisa.

Desejar relações sexuais com uma criança (*Ex.: adolescente de 16 anos não é criança, nem é desejada por ser criança*) é, sim, patológico, além de ser aqui ou lá, um crime. Aliás, pedofilia é exatamente isso, CRIME. Há controvérsias, mas está na lei. E ainda bem que o ato de desejar pode não ser crime, ainda que eu espere que homens saudáveis sintam-se culpados por isso, mas o ato em si seja.

E mais, eu não deixaria uma criança de 11 ou 10 anos com um homem que admitisse "desejá-la" e teria ainda mais reservas se viesse com este papinho furado de que é "normal".

já tem um tempo qye a permissividade japonesa em relação a pedofilia vem me irritando, já parei de ler vários blog brasileiros que tinha opinião a favor do lolicon ou de simuladores de estrupo --*

mas, sobre o post, eu acho q tenho é pena desses caras... a sociedade japonesa presiona tanto as pessoas que alguns chegam a esse ponto...

Cynthia, neste caso, eu também tenho pena. Acredito mesmo que estes sujeitos sejam inofensivos à sociedade, e vivam em enorme sofrimento. A questão é que considerar isso "normal" é lavar as mãos para o problema.

No mais, eu repito, desejar crianças, mesmo que virtuais,m é desejar controle sobre os corpos de outrem, uma vítima que não é capaz de se defender, tampouco de retribuir o afeto de forma igualitária.

"No mais, eu repito, desejar crianças, mesmo que virtuais,m é desejar controle sobre os corpos de outrem, uma vítima que não é capaz de se defender, tampouco de retribuir o afeto de forma igualitária."

Concordo plenamente.E digo mais,o fato de esses homens preferirem se "relacionar" com objetos a mulheres de verdade acontece,a meu ver,porque eles são incapazes de se relacionar com outros sujeitos.Não conseguem se relacionar com alguém que pense,sinta e tenha vontade.Acho que conforme as mulheres japonesas forem se libertando mais,infelizmente esses casos só vão aumentar.nesse caso,a união dos objetos a imagens de crianças se dá pelo mesmo motivo.Tanto a criança como o objeto em si são objetos para esses homens.É triste.
www.garrafaaomar.zip.net

A sociedade niponica impõe tantas regras de convivência e competição que o pior provavelmente é eles só se sentirem confortaveis e a vontade com imagens de personagens além de inexistentes tambèm infantis (personagens provavelmente inseridos num contexto de desejo de proteção e carinho - o nome é moe?- criados justamente com o fim de mexer com esssa "fantasia" (e vender produtos como esse travesseiro que criam a ilusão de companhia) , por alguns mangás e animes mais hardcore!

Só dá pra rir dessas coisas, mas infelizmente o assunto é muito sério. Eu acredito que isso é caso para internação, esse homem deveria se tratar com uma equipe de psiquiatras.

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