Ontem não tive tempo e ânimo para postar no blog, mas o assunto Shojo Beat é muito sério e fui ver o que os americanos e americanas estão comentando. Não visitei fóruns, eles me cansam, mas no Twitter, seja jogando Shoujo Beat, Shojo Beat, ShojoBeat ou o que vocês quiserem com o nome da revista, só há lamento, inclusive de leitores internacionais, e perplexidade. Ninguém compreende o motivo do cancelamento.
O Alexandre ponderou no Maximum Cosmo que a alternância de séries pode ter contribuído para a perda de leitoras. Bem, a Shojo Beat sempre fez isso, desde o início, e não escolheu carros-chefe permanentes, como acontece com a Shonen Jump de lá, ou como acontece com as antologias japonesas. Mas não encontrei comentários a isso nos bons sites americanos, salvo o Manga Xanadu, que fala que colocar alguns títulos foi acerto (Sunadokei, Honey & Clover) e retirar outros foi erro (Vampire Knight). Aliás, se vampiros vendem e Vampire Knight é o novo Fruits Basket, ele deveria ter ficado lá.
Agora, comentando o que li de interessante em bons sites americanos. O Manga Critic lamenta a perda da revista e a autora diz que não existe nenhuma outra de seu tipo nos EUA que seja voltada para garotas. Ela também lamenta não ter tido nada do gênero para ler quando ela mesma era adolescente, especialmente por causa seus concursos culturais que a tornavam tão especial, já que outras revistas teen, além de não trazerem quadrinhos, não estimulam a criatividade das meninas.
O Manga Widget ressalta que o momento é o pior para o cancelamento, pois as férias de verão vêm chegando e não há nenhum fenômeno como o Crepúsculo para atrair a atenção da audiência. Daí, quando seria a hora de investir em propaganda, a VIZ cancela. Aliás, o site enfatiza que que a VIZ nunca se esforçou para vender a Shojo Beat – a única antologia em quadrinhos para meninas do país – com promoções, propaganda, brindes e produtos associados, enquanto investe pesadamente na Shonen Jump. É o autor, sim, um homem, quem diz isso, eu só estou trazendo para cá.
Mas vamos lá, eu não vou perder a viagem: alguém falou em discriminação? Má administração? Ou desinteresse? E isso quando eles sabem que o público de mangá nos EUA é 50/50 em termos de consumidores, mas, claro, as leitoras vêm em segundo lugar. O Manga Widget aposta que não é questão de vendas, mas uma manobra de mercado para fazer com que a revista que realmente importa venda ainda mais.
Para terminar, lendo aqui e ali, percebo que a notícia foi uma surpresa e não algo esperado. As leitoras e leitores da Shojo Beat não esperavam ver a publicação cancelada, não compreendem os motivos e não têm explicação para isso. Estratégia da VIZ? De qualquer forma, lá se vai a única revista em quadrinhos feita para o público feminino nos EUA. E, claro, eles acreditam piamente que haverá migração de público e vão dar Shonen Jump para os assinantes. Quem lê shounen, lê shoujo. É tudo a mesma coisa, não é? Eu sei que existe gente para quem Honey & Clover é o mesmo que Naruto, mas aposto com quem quiser que esse pessoal deve ser minoria. Mas, claro, a editora não vai perder, os leitores vão continuar comprando os encadernados, é somente o público da revista que gostava dos artigos e do modelo que vai sair perdendo.
O Alexandre ponderou no Maximum Cosmo que a alternância de séries pode ter contribuído para a perda de leitoras. Bem, a Shojo Beat sempre fez isso, desde o início, e não escolheu carros-chefe permanentes, como acontece com a Shonen Jump de lá, ou como acontece com as antologias japonesas. Mas não encontrei comentários a isso nos bons sites americanos, salvo o Manga Xanadu, que fala que colocar alguns títulos foi acerto (Sunadokei, Honey & Clover) e retirar outros foi erro (Vampire Knight). Aliás, se vampiros vendem e Vampire Knight é o novo Fruits Basket, ele deveria ter ficado lá.
Agora, comentando o que li de interessante em bons sites americanos. O Manga Critic lamenta a perda da revista e a autora diz que não existe nenhuma outra de seu tipo nos EUA que seja voltada para garotas. Ela também lamenta não ter tido nada do gênero para ler quando ela mesma era adolescente, especialmente por causa seus concursos culturais que a tornavam tão especial, já que outras revistas teen, além de não trazerem quadrinhos, não estimulam a criatividade das meninas.
O Manga Widget ressalta que o momento é o pior para o cancelamento, pois as férias de verão vêm chegando e não há nenhum fenômeno como o Crepúsculo para atrair a atenção da audiência. Daí, quando seria a hora de investir em propaganda, a VIZ cancela. Aliás, o site enfatiza que que a VIZ nunca se esforçou para vender a Shojo Beat – a única antologia em quadrinhos para meninas do país – com promoções, propaganda, brindes e produtos associados, enquanto investe pesadamente na Shonen Jump. É o autor, sim, um homem, quem diz isso, eu só estou trazendo para cá.
Mas vamos lá, eu não vou perder a viagem: alguém falou em discriminação? Má administração? Ou desinteresse? E isso quando eles sabem que o público de mangá nos EUA é 50/50 em termos de consumidores, mas, claro, as leitoras vêm em segundo lugar. O Manga Widget aposta que não é questão de vendas, mas uma manobra de mercado para fazer com que a revista que realmente importa venda ainda mais.
Para terminar, lendo aqui e ali, percebo que a notícia foi uma surpresa e não algo esperado. As leitoras e leitores da Shojo Beat não esperavam ver a publicação cancelada, não compreendem os motivos e não têm explicação para isso. Estratégia da VIZ? De qualquer forma, lá se vai a única revista em quadrinhos feita para o público feminino nos EUA. E, claro, eles acreditam piamente que haverá migração de público e vão dar Shonen Jump para os assinantes. Quem lê shounen, lê shoujo. É tudo a mesma coisa, não é? Eu sei que existe gente para quem Honey & Clover é o mesmo que Naruto, mas aposto com quem quiser que esse pessoal deve ser minoria. Mas, claro, a editora não vai perder, os leitores vão continuar comprando os encadernados, é somente o público da revista que gostava dos artigos e do modelo que vai sair perdendo.
3 pessoas comentaram:
e lá se vão as minhas esperanças da shoujo beat ou qualquer antalogia shoujo vir pro Brasil...
Fiquei conhecendo sobre essa revista graças ao vídeo que você postou descrevendo as duas edições...
Olha acho que essa diversificação de gêneros é o que traz mais charme na revista.
Há gostos e gostos...mesmo que seja voltado mais ao público feminino,acredito que há muitas meninas que curtem muito o gênero shonen como *eu por exemplo* hehe...^^
Por isso existe a Shonen Jump e ninguém pede para acabar com ela ou misturar gêneros dentro da revista. Compra uma coletânea shoujo quem gosta de shoujo; compra shounen, quem quem gosta de shounen; compra as duas quem gosta das duas. E quem realmente curte diversidade compra revista seinen, proque dentro dela realmente tem de tudo.
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