domingo, 17 de maio de 2009

Capítulo 4: Ventos de Mudança (Parte 8)

Sei que fiz uma postagem ontem, mas esta parte deveria ter entrado lá e eu deixei de fora. Como não queria confundir quem já leu a parte 7, esta agora passa a ser a parte 8. Quando terminar a postagem, reunirei tudo em um arquivo *.pdf, para facilitar a leitura. Os três primeiros capítulos já estão em *.pdf e podem ser acessados neste link. As postagens deste capítulo são semanais, então, agora só na semana que vem mesmo. Como já disse antes, se alguém quiser comentar, sugerir, criticar (*educadamente*), eu agradeço.

4º Capítulo: SEGUINDO O CAMINHO - Parte 8

Mais cedo do que esperavam, os três foram acordados por batidas nervosas na porta. Era o noviço que fora encarregado de guiá-los.

— Eles estão lá fora!

— Quem está lá fora, Francisco? — Perguntou Alda enquanto colocava a espada na cintura. Ela já sabia que algo assim poderia acontecer.

— Um exército! — O menino tremia e estava esbaforido. — O Pai está falando com eles... Eles querem invadir o mosteiro.

Erik olhou para Alda com uma expressão ansiosa. “Sim, eu sei. O mosteiro não tem condições de resistir a um ataque.” Já Guilherme parecia muito calmo diante da situação que enfrentavam.

— Deixe-os tentar entrar. Não vão conseguir. — Ele estava de pé e parecia bem disposto demais para sua condição. — Eles não conhecem o velho Patrick.

Francisco arregalou os olhos. Provavelmente nunca ouvira ninguém se referindo ao abade dessa maneira íntima e desrespeitosa. Alda e Erik estavam cada vez mais curiosos sobre a relação de Guilherme com o Abade, mas nenhum dos dois perguntaria coisa alguma. Não era hora para jogar conversa fora.

— O Pai disse que arrumassem suas coisas. — Falou voltando a si. — Vocês vão sair pelo caminho secreto. — Ele olhou para um dos corredores escuros. — É a única forma.

— Não se preocupem. — Falou um jovem louro que acabara de chegar e não estava vestido com roupas monásticas. — Vocês irão escapar, o mosteiro não pode ser invadido. — Depois, virando-se para Guilherme, cumprimentou: — Ah, olá, Guilherme! Vejo que está podendo ficar de pé. Você tem sorte... — Ele sorriu. — Ah, e essa é a dama que tirou o sono do pobre Thiago. — Fez uma mesura. — Não se preocupe. Ele tem problemas... E Guilherme também, nunca foi muito esperto...

— Já terminou de tagarelar? — Guilherme falou impaciente.

— Ah, esqueci de me apresentar. Pierre, menestrel, guia e tudo mais que precisar, porque pobres como eu não podem escolher trabalho, nem serem incompetentes, ao seu dispor. — Falou com um sorriso bem largo.

— Deveria acrescentar “bobo da corte”. — Falou Guilherme.

— O Abade me enviou para guiá-los. Ele vai precisar dos irmãos aqui e Francisco é confiável, mas muito jovem para ser colocado em uma situação tão arriscada. — Ele explicou e Francisco se curvou e foi embora, sumindo nas sombras.

— Chega de tagarelice e vamos embora. — Rosnou Guilherme. — Como se eu precisasse de você para me guiar por caminhos que eu conheço tão bem... — E foi andando na frente, com os outros três nos seus calcanhares.

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