domingo, 29 de março de 2009

Jaspion ganha caixa com 23 aventuras



Não sou fã do Jaspion, eu sempre preferi Changeman, muito embora eu tenha assistido e reassistido os episódios da série. Logo, não comprarei. Agora, os fãs tem que torcer muuuuuiiiiiito para a caixa fazer sucesso, porque conhecendo o Brasil, eu imagino que se não vender o que eles esperam, não tem segundo box. A matéria a seguir veio da Folha de São Paulo. Aliás, em um momento da matéria senti vontade de não publicar nada. Jaspion dependeu de Guerra nas Estrelas? Quem escreveu viu algum anime dos anos 70? Super Sentai? Ultraman não era colorido? Sabe uniforme dom detalhes laranja? Isso fora os outros ultra mais psicodélicos que não apareceram por aqui, entre outros seriados. Spectreman era sombrio, mas Ultraman não era. Mas, claro, o cara é fã de Guerra nas Estrelas... Sei, sei...

Jaspion ganha caixa com 23 aventuras

Caçador de monstros japonês foi febre nos anos 80 na extinta rede Manchete

Série originou gibis, álbum de figurinhas, discos e até um circo itinerante que viajava por todo o Brasil; no Japão, foi um fracasso

IVAN FINOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL


Eis o grande mistério de Jaspion: fracasso absoluto no Japão, onde só teve uma temporada com 46 episódios e foi logo arquivado, o caçador de monstros espaciais superou as expectativas ao estrear no Brasil. Aqui, tornou-se a primeira febre japonesa pop moderna, se você entender por "moderno" um sucesso que extrapola os suportes no qual foi concebido: ele sai da TV e vira boneco, revista, figurinhas, chiclete, caderno, jogo de tabuleiro, etc.

"Jaspion", em 1985, nada mais fazia do que captar os ensinamentos de "Guerra nas Estrelas" (1977) e os traduzir para a cultura oriental dos monstros gigantes. O fato de ser bem colorido e bastante barulhento -ao contrário dos antigos Ultramen- certamente ajudou. Outra boa ajuda foi o fato de a Rede Manchete escalar o programa para o fim da tarde, logo depois da escola da criançada.

Mas a razão que fez Jaspion fracassar lá fora -e virar sinônimo de série japonesa no Brasil- ainda não tem resposta. Talvez essa caixa com as 23 primeiras aventuras ajude a explicar (o segundo e último volume está previsto para agosto). Entre os diversos subgêneros dos seriados de ação japoneses (família Ultra, filmes de monstrengos tipo Godzilla, esquadrões com cinco heróis e outros), este se insere no chamado heróis de metal.

A ideia era fazer ficção científica. Jaspion (cujo nome vem da primeira sílaba de "justice" e da última de "champion") é um órfão cósmico, criado por um sábio e treinado para se tornar o guerreiro que vai destruir o mal criado por Satan Goss.

"O Fantástico Jaspion" estreou no Brasil em 1988, junto com o esquadrão Changeman. Seus primeiros episódios se passavam em outros planetas, até que a Toei Company exigiu menos gastos. Dessa forma, Jaspion aterrissa no Japão e passa a combater os inimigos dentro de um enorme robô de metal chamado Daileon.

Conta-se que lá pelo décimo capítulo a Toei fez outra exigência, ainda mais marcante: que o herói tirasse o permanente do cabelo. Por sorte, os manda-chuvas decidiram manter a camisa de leopardo albino.

Hu, he, ha

O dublador de Jaspion é o ator Carlos Takeshi, 48, hoje famoso após fazer algumas novelas e passar 12 anos no canal Polishop, vendendo computadores e videogames. Ele ainda estava na faculdade quando a Álamo estava procurando novas vozes para dublagens. ""Jaspion" foi meu primeiro trabalho que durou mais do que um ou dois dias", diz o ator. "Mas, logo no começo, vi que ia sofrer pra caramba. É muito grito. É "hu, he, ha" pra todo lado. A garganta sofria", conta Takeshi, que entende japonês e logo pegou o jeitão da coisa: "Não precisava nem assistir antes a movimentação labial. Era só sair gritando".
O FANTÁSTICO JASPION - 1
Lançamento: Focus Filmes
Quanto: R$ 24,90 (avulso), R$ 99 (5 DVDs) ou R$ 149,90 (lata com 5 DVDs, cards e boneco)
Classificação: Livre
Brasileiro integra banda japonesa especializada em músicas de seriado

DA REPORTAGEM LOCAL

De todos os subprodutos originados das séries japonesas tipo "Jaspion", nenhum é mais curioso do que a banda JAM Project, no qual JAM significa Japanese Animationsongs Makers (fazedores de canções de desenhos japoneses).

Trata-se de um grupo vocal com um único tipo de música no repertório: canções de abertura de seriados japoneses. Tem sete álbuns na praça, cinco DVDs lançados, um site em japonês e um brasileiro como convidado especial, Ricardo Cruz, 27.

"Gravei meu primeiro single com a banda em 2005. Agora, todo ano vou para o Japão e gravo músicas de novos seriados", conta o brazuca.

A história de sua admissão no grupo começou em 2003, quando Hironobu Kageyama, fundador e líder do grupo, veio ao Brasil participar de um evento de anime (desenhos animados japoneses). Aqui ele cantou os temas de "Jaspion", "Changeman", "Dragon Ball", e "Cavaleiros do Zodíaco" e se surpreendeu com a voz de Ricardo Cruz, que estava encarregado de ensaiar com a banda.

Kageyama levou uma fita com uma demonstração de Ricardo e a incluiu num concurso para escolha de um novo integrante. "Um dia ele me ligou e disse que eu tinha vencido o concurso!"

Sempre que a JAM Project vem para essas bandas, Ricardo se une aos amigos no palco. Já excursionou por Chile e Argentina -em eventos de games ou de cosplay- e se prepara para um show especial, em junho, no Budokan -um espaço para shows onde os Beatles tocaram em 1966 e Bob Dylan gravou um disco duplo em 1978. "Por estranho que pareça, a anisong (anime song) já é um gênero no Japão." E Ricardo Cruz é um de seus expoentes. (IF)

3 pessoas comentaram:

Hu he ha!! kkkkkkk ri muito disso!

eu não gostava de jaspion, tinha medo da introdução. Então qdo começava, desligava a TV e só ligava qdo estava na hora de assistir Changeman! =D E antes tinha Flashman! Pena que não passam mais os super sentai.

E o trabalho do Ricardo na Jam é bem legal msm. Ainda bem q tem gente que comenta.

Layne, Flashman estreou depois de Changeman que foi o primeiro sentai que a Manchete exibiu.

Eu assistia Jaspion, adorava, mas não vou comprar essa caixa de DVDs. Jaspion pra mim é aquele tipo de coisa nostálgica que eu lembro, vejo a abertura no Youtube e racho de rir... e para aí. Não tenho interesse em ver a série de novo, muito pelo sério risco de estragar minhas lembranças de infância.

Espero que os episódios estejam numa qualidade legal e que não aconteça o mesmo que houve no caso dos filmes dos Trapalhões: uma empresa estava lançando os filmes bem mal e porcamente, com imagem ruim e áudio fuleiro. Mas estava vendendo até bem porque era um material inédito e dificil de conseguir. A Globo brigou na Justiça pelos direitos e conseguiu, e esperava-se que eles lançassem os filmes remasterizados.

Quem comprou os dois garante que é a mesmíssima coisa, simplesmente passaram as cópias pra DVD e jogaram nas lojas.

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