Comentando Kaichou Wa Maid Sama

Com o boato do anime e como este mangá vende muito (*está sempre na lista da Taiyosha*) e é um dos possíveis escolhidos, decidi dar uma olhadinha em Kaichou Wa Maid-sama! (会長はメイド様!), de Hiro Fujiwara. Eu odeio maid fetiche, então, dêem um desconto no que eu vou falar. Não sei, achei menos interessante que Vampire Knight e Ouran, mas tive esta impressão de Ouran no início e mudei de idéia. De qualquer forma, é uma série que mexe com um fetiche dos japoneses, as maids, os maid cafés. Se fosse no Ocidente, apostaria nos vampiros, mas sendo um anime para o público japonês em primeiro lugar, podem cismar de pegar este, porque talvez atraiam os otakus. Só no primeiro e segundo capítulo a protagonista aparece usando três roupas diferentes de maid, uma delas com orelhas de gatinho.

A protagonista, Ayuzawa Misaki, a "Kaichou" do título, trabalha em um café (*bem longe da escola*) como esse, porque o pai abandonou a família; sua mãe é doente e ela tem uma irmãzinha pequena que não apareceu no volume 1. Misaki odeia homens por conta da traição do pai. Como a família não tem dinheiro, ela entra para uma escola com taxas mais baratas, que tinha sido uma escola masculina e somente recentemente virou co-educacional. A moral dos estudantes é baixa, as regras não são seguidas, os garotos são maioria e intimidam as meninas (*pintadas como idiotas*). Ela decide mudar a coisa. Estuda muito, tem desempenho excepcional nos esportes, é perita em artes marciais, consegue ser a nº1 e é eleita presidente do corpo de alunos, sendo a única mulher do grupo.

Daí, ela impõe regras rígidas e persegue os garotos. Sim, é isso que ela faz de forma quase inconsciente. Ela trata meninos e meninas de forma diferente. Depois da escola, ela vai para o trabalho. Quase não come, quase não dorme e, claro, pode adoecer. Já Usui, que é o par amoroso possível, é um doce, é o garoto "cool" padrão. Ele descobre o segredo da menina por acaso mas não espalha para a escola como Misaki temia, e passa a ajudá-la, mesmo contra a vontade dela. Misaki não dá o braço a torcer, claro, mas ele pressiona. No primeiro volume, ele é o bom rapaz típico. Um pouquinho abusado, mas nada demais. E vira freguês do maid café, sendo adorado pelas outras garçonetes.

Como o desgaste é muito grande e Misaki concentra muitas funções nas suas mãos, ela fica doente, suas notas caem, e isso é ruim, porque ela é a presidente do corpo de alunos. Usui a ajuda, claro, mas a situação da menina não muda muito. Ótimo momento do primeiro volume é quando dosi tarados tentam seqüestrá-la e ela quebra os dois de pancada... Usui chega e não precisa nem salvá-la.

Comparado com Ouran as piadas não são muito fortes. O drama da menina pode ser aprofundado, mas não vi grandes sinais neste sentido. Não há nada muito agressivo, pouquíssimo fanservice, embora venda a idéia de que as garotas são agredidas porque provocam primeiro - que pode ser o caso de Misaki, mas não deve ser generalizado - e isso pode ser argumento de justificação de toda sorte de violência. É um mangá agradável, mas acredito no apelo maior de VK... não fossem as maids, claro. Mas o que vocês acham?

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P.S.: Acho que este post voltou a aparecer entre os mais procurados, porque o mangá está saindo pela Panini... Bem, não deixa de ser uma surpresa. (07/09/2011)